segunda-feira, 29 de março de 2010

Minha droga!





"Que coisas são essas que me dizes sem dizer, escondidas atrás do que realmente quer dizer?
Tenho me confundido na tentativa de te decifrar, todos os dias. Mas confuso, perdido, sozinho, minha única certeza é que de cada vez aumenta ainda mais minha necessidade de ti. Torna-se desesperada, urgente. Eu já não sei o que faço. Não sinto nenhuma alegria além de ti.
Como pude cair assim nesse fundo poço? Quando foi que me desequilibrei? Não quero me afogar: Quero beber tua água. Não te negues, minha sede é clara."


Caio F. Abreu




No fundo do poço posso perceber que voce é minha droga, meu ecstasy. Sendo assim, vou tentando encontrar meu vício, encontrar voce, para que minha sede, meus calafrios e meus desejos mais obscuros sejam saciados.
Procuro tanto voce mas só encontro aquela vodka que, mesmo antes de perceber esse vício, ela já percorria em minhas veias. Meu desespero é por mais uma dose do meu único vício, é a necessidade de sentir-te em minha boca, em meu corpo, em meu ser. Meu ser? Cade? Este se perder no exato momento em que não te vi mais aqui, quando me deu as costas e me deixou drogada, pra depois sentir o efeito da abstinencia percorrer meu corpo.
Sei que droga eu preciso, sei onde achar, mas não agora. "Não te negues", pois sei que também sou a sua droga, sou o seu vício, sou a sua abstinencia e não negues a sede existente em tua boca para ter meu corpo novamente.

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