terça-feira, 5 de outubro de 2010

Wreckless Love

Let's go back in time
When seeing your ID on mine
Made me crazy
Ooh baby I'm saying

Let's go back there (go back there)
Let's take it there (take it there)
I'm talking 'bout
Back in time
When you wanted to know my every move
Tired to keep it smooth
Keepin' up with me
You drove me crazy ohh baby

Let's go back there (go back there)
Let's take it there (take it there)

When you
Didn't know me
Didn't need me
I wanted to touch me
Couldn't leave me
I couldn't know how
Far it would go
I couldn't know if
This was for sure
We just could not
We just could not get enough of it baby , let's go

Chorus
Have that wreckles love
That crazy love
That off the wall won't stop ti'l I get enough kind of love
I need that love
So baby, let's go

Have that wreckless love
That crazy love
That I don't really care
We can have it anywhere
Kind of love
That wreckless love

Let's go back in time
When our kiss was brand new
An adventure not perfected
A little hesitant

Let's go back there (go back there)
Let's take it there (take it there)

Take it back in time
When forever was a minute, and eternity was a second
I'm stressing that we have to go back there (go back there)
Let's take it there. (take it there)

When you
Didn't know me
Didn't need me
I wanted to touch me
Couldn't leave me
I couldn't know how
Far it would go
I couldn't know if
This was for sure
We just could not
We just could not get enough of it baby , let's go

Chorus
Have that wreckles love
That crazy love
That off the wall won't stop ti'l I get enough kind of love
I need that love
So baby, let's go

Have that wreckless love
That crazy love
That I don't really care
We can have it anywhere
Kind of love
That wreckless love

Ooh baby, let's go

Chorus
Have that wreckles love
That crazy love
That off the wall won't stop ti'l I get enough kind of love
I need that love
So baby, let's go

Have that wreckless love
That crazy love
That I don't really care
We can have it anywhere
Kind of love
That wreckless love



Alicia Keys - Wreckless Love

terça-feira, 6 de julho de 2010

O novo Código de Processo Penal

RESUMO

O atual Código de Processo Penal está de certa e completa forma, desatualizado para os costumes do mundo cotidiano, uma vez que o referido Código data de 03 de outubro de 1941. Com o projeto de modificação a tramitação das ações penais podem se tornar mais lenta, contudo mais eficaz para a satisfação da justiça. As principais modificações estão no modelo acusatório, inquérito policial, júri, juiz de garantia, dentre outros os quais se observa uma preocupação com os direitos fundamentais do acusado. Todavia, este trabalho visa analisar as propostas de modificação nas prisões cautelares, com ênfase à prisão em flagrante (art. 537 a 543); prisão preventiva (art. 544 a 550) e a prisão temporária (art. 551 a 554), comparando a nova sistemática com a atual.

PALAVRAS CHAVES: PROJETO DE REFORMA DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL; PRISÃO PROVISÓRIA; PRISÃO PREVENTIVA, PRISÃO EM FLAGRANTE; PRISÃO TEMPORÁRIA.







Quando a pessoa não tem o que fazer, ela fica postando trabalhos de faculdade =D

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Estranho

Eu já pensei que era feliz, eu já pensei que tinha tudo, eu já pensei que nunca sofreria. Quem nunca pensou isso no auge dos seus 11 anos? Hoje eu mudei meu ponto de vista sobre tudo, sobre o mundo, sobre o amor e principalmente sobre as pessoas.
Hoje eu posso dizer sem medo de ser censurada, eu confio nos meus cachorros e os meus cachorros confiam em mim. Não existe amor mais sincero do que o amor do seu melhor amigo, no meu caso são dois, só com o olhar eu sinto aquele amor exalando e invadindo todo o recinto em que estamos. Sei que a hora que eu quiser eles vão estar abanando o rabinho pra mim, sei que posso desabafar todo o meu sentimento preso aqui no meu peito, todo o meu choro engatado em minha garganta, sei disso porque não há ouvinte melhor do que eles. Esse amor sim, haja o que houver, será pra sempre. Esse amor sim é o mais sincero de todos. Esse amor sim não quer nada em troca, se contenta apenas com o meu amor e o meu carinho (as vezes com uns petiscos). Mas esse amor de cão, esse amor dos MEUS cachorros, esse sim é eterno.

sábado, 5 de junho de 2010

Reflexão? Talvez!

As vezes pensamos em várias coisas, de quando éramos crianças, de quando ganhamos aquele presente (meus ursos gêmeos por exemplo), de quando ganhamos nosso primeiro beijo, enfim, coisas que enquanto crescemos traz uma saudade que aperta no peito.
Ultimamente tenho lembrado muito da melhor vó do mundo, da melhor bisa do mundo e do melhor amor do mundo.
Não conhecemos o amor até nos depararmos com ele, não somos ninguém até amar outro alguém, amar incondicionadamente. O amor nos faz sofrer, nos faz felizes, sentimos ciúmes, o amor nos faz crescer como indivíduos.
Paixão ou amor? alguns preferem paixão, eu, particularmente, prefiro amor, gosto da intensidade que amo, gosto de saber que é duradouro. Paixão só existe a intensidade, coisas passageiras não são comigo, gosto do que é certo. Troco mil vezes o duvidoso pelo certo, troco sim, pois é disso que eu gosto.
A saudade dói, é uma sensação agradável e desagradável, as vezes é ao mesmo tempo. Gosto da saudade agradável, quem não gosta não é? Saudade agradável é aquela que você olha para trás e percebe que foi muito feliz, ri das coisas que fazia, lembra de quem já se foi, saudade daquele irmão que tá viajando, dos pais que mesmo morando contigo vocês quase não se veem. Saudade doída é saudade de quem se ama, saudade do beijo, saudade do perfume, saudade do toque, enfim, saudade de todas aquelas sensações agradáveis ou desagradáveis que passam juntos.


Há várias coisas que você olha para trás e lembra, lembra que tudo isso não existia, era tudo maravilhoso, não existia a perda de alguém, não existia a dor da saudade, não existia paixão muito menos amor. Você apenas lembra que era uma criança.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Quase completa

Um dia você pára pra pensar, pra lembrar e pra estar um pouco no passado. Você se lembra de todas aquelas fases em que passou, o primeiro namorado, o primeiro ano do colegial, o primeiro ano da faculdade, o primeiro e único amor. Lembra de quando entrou na faculdade, eu pelo menos era uma moleca, era tão imatura e mal sabia o que era viver, mesmo assim eu já sabia o que queria ser. Hoje me vejo no presente, um presente quase perfeito, seria perfeito por um detalhe que não está comigo, mais essa quase perfeição me deixa tão feliz, me deixa tão segura do que eu quero e realmente eu vejo que minha vida é isso, minha vida é o Direito. Vejo o quanto estou aprendendo, vejo o quanto sou feliz, mesmo com essa vida corrida, audiência aqui, outra ali, mas me sinto uma mulher quase completa. Sinto que realmente estou começando a atingir um nível profissional, mesmo que seja pouco, mas ainda tenho muita força de vontade pra aprender. O mais legal de tudo, são os colegas de trabalho, colegas que acabam viram amigos, não só pelo companheirismo de estar ali todos os dias, mas pela ajuda e pela força que um dá ao outro. São pessoas maravilhosas e mesmo que eu chegue com uma certa tristeza, com aquele aperto no coração por não ter aquele do meu lado, a partir do momento que eu piso ali todo meu sentimento de tristeza se acalma e posso respirar um pouco sem me engasgar no choro contido.
Só apenas mais um momento de desabafo, um momento pra dizer o quanto eu estou quase completa, o quanto isso me faz bem.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Minha droga!





"Que coisas são essas que me dizes sem dizer, escondidas atrás do que realmente quer dizer?
Tenho me confundido na tentativa de te decifrar, todos os dias. Mas confuso, perdido, sozinho, minha única certeza é que de cada vez aumenta ainda mais minha necessidade de ti. Torna-se desesperada, urgente. Eu já não sei o que faço. Não sinto nenhuma alegria além de ti.
Como pude cair assim nesse fundo poço? Quando foi que me desequilibrei? Não quero me afogar: Quero beber tua água. Não te negues, minha sede é clara."


Caio F. Abreu




No fundo do poço posso perceber que voce é minha droga, meu ecstasy. Sendo assim, vou tentando encontrar meu vício, encontrar voce, para que minha sede, meus calafrios e meus desejos mais obscuros sejam saciados.
Procuro tanto voce mas só encontro aquela vodka que, mesmo antes de perceber esse vício, ela já percorria em minhas veias. Meu desespero é por mais uma dose do meu único vício, é a necessidade de sentir-te em minha boca, em meu corpo, em meu ser. Meu ser? Cade? Este se perder no exato momento em que não te vi mais aqui, quando me deu as costas e me deixou drogada, pra depois sentir o efeito da abstinencia percorrer meu corpo.
Sei que droga eu preciso, sei onde achar, mas não agora. "Não te negues", pois sei que também sou a sua droga, sou o seu vício, sou a sua abstinencia e não negues a sede existente em tua boca para ter meu corpo novamente.

sábado, 13 de março de 2010

Sentia falta


Naquela noite de sexta-feira, depois de fumar seus cigarros de marca cara e beber aquela vodka escocesa da melhor, percebeu que estava sozinho. Olhou ao seu redor, tantos amigos, tantas amigas, tanta gente bonita e mesmo assim aquele sentimento de solidão tomou-lhe o peito, procurou a amada e nada encontrou.
Depois de tantas doses de destilada e tabaco em excesso, sentia-se tonto, na verdade estava embriagado mas não queria admitir, cambaleou até seu carro e deixou todos pra trás. Pensava apenas nela.
Após voltas e voltas atrás da única mulher da sua vida, atrás de quem realmente valia a pena lutar, sua cabeça piorava e girava cada vez mais e altas doses de tabaco lhe fez perceber que nunca ia esquece-la e, talvez parecendo um cliché, mais aquilo o enlouquecia.
Voltou correndo para a sua casa com aquela esperança idiota de encontrá-la naquela cama em que várias noites consumaram aquele amor fumegante que sentiam, mas estava vazia, que imbecil, a cama estava arrumada do jeitinho que ela tinha feito daquela ultima vez, um mês atrás, seu perfume ainda tomava conta do travesseiro que ela usava e ainda podia-se encontrar fios daqueles cabelos que um dia roçaram o rosto dele.
E, mais uma vez aos prantos, ele caiu no chão, aquele chão que lhe servia de colchão naquele ultimo mês, o chão que lhe servia de travesseiro apenas pra não desarrumar os últimos vestígios dela e, mais uma vez, ele dormiu no chão, embriagado e com um cigarro ainda aceso. O coração arrasado e seus sonhos perturbados, mas ele sentia falta dela.





(Alice Chíxaro)

sábado, 6 de março de 2010

Além do Ponto



Chovia, chovia, chovia e eu ia indo por dentro da chuva ao encontro dele, sem guarda-chuva nem nada, eu sempre perdia todos pelos bares, só levava uma garrafa de conhaque barato apertada contra o peito, parece falso dito desse jeito, mas bem assim eu ia pelo meio da chuva, uma garrafa de conhaque na mão e um maço de cigarros molhados no bolso. Teve uma hora que eu podia ter tomado um táxi, mas não era muito longe, e se eu tomasse um táxi não poderia comprar cigarros nem conhaque, e eu pensei com força então que seria melhor chegar molhado da chuva, porque aí beberíamos o conhaque, fazia frio, nem tanto frio, mais umidade entrando pelo pano das roupas, pela sola fina esburacada dos sapatos, e fumaríamos beberíamos sem medidas, haveria música, sempre aquelas vozes roucas, aquele sax gemido e o olho dele posto em cima de mim, ducha morna distendendo meus músculos. Mas chovia ainda, meus olhos ardiam de frio, o nariz começava a escorrer, eu limpava com as costas das mãos e o líquido do nariz endurecia logo sobre os pêlos, eu enfiava as mãos avermelhadas no fundo dos bolsos e ia indo, eu ia indo e pulando as poças d'água com as pernas geladas. Tão geladas as pernas e os braços e a cara que pensei em abrir a garrafa para beber um gole, mas não queria chegar na casa dele meio bêbado, hálito fedendo, não queria que ele pensasse que eu andava bebendo, e eu andava, todo dia um bom pretexto, e fui pensando também que ele ia pensar que eu andava sem dinheiro, chegando a pé naquela chuva toda, e eu andava, estômago dolorido de fome, e eu não queria que ele pensasse que eu andava insone, e eu andava, roxas olheiras, teria que ter cuidado com o lábio inferior ao sorrir, se sorrisse, e quase certamente sim, quando o encontrasse, para que não visse o dente quebrado e pensasse que eu andava relaxando, sem ir ao dentista, e eu andava, e tudo que eu andava fazendo e sendo eu não queria que ele visse nem soubesse, mas depois de pensar isso me deu um desgosto porque fui percebendo percebendo, por dentro da chuva, que talvez eu não quisesse que ele soubesse que eu era eu, e eu era. Começou a acontecer uma coisa confusa na minha cabeça, essa história de não querer que ele soubesse que eu era eu, encharcado naquela chuva toda que caía, caía, caía e tive vontade de voltar para algum lugar seco e quente, se houvesse, e não lembrava de nenhum, ou parar para sempre ali mesmo naquela esquina cinzenta que eu tentava atravessar sem conseguir, os carros me jogando água e lama ao passar, mas eu não podia, ou podia mas não devia, ou podia mas não queria ou não sabia mais como se parava ou voltava atrás, eu tinha que continuar indo ao encontro dele, ou podia mas não queria ou não sabia mais como se parava ou voltava atrás, eu tinha que continuar indo ao encontro dele, que me abriria a porta, o sax gemido ao fundo e quem sabe uma lareira, pinhões, vinho quente com cravo e canela, essas coisas do inverno, e mais ainda, eu precisava deter a vontade de voltar atrás ou ficar parado, pois tem um ponto, eu descobria, em que você perde o comando das próprias pernas, não é bem assim, descoberta tortuosa que o frio e a chuva não me deixavam mastigar direito, eu apenas começava a saber que tem um ponto, e eu dividido querendo ver o depois do ponto e também aquele agradável dele me esperando quente e pronto.

Um carro passou mais perto e me molhou inteiro, sairia um rio das minhas roupas se conseguisse torcê-las, então decidi na minha cabeça que depois de abrir a porta ele diria qualquer coisa tipo mas como você está molhado, sem nenhum espanto, porque ele me esperava, ele me chamava, eu só ia indo porque ele me chamava, eu me atrevia, eu ia além daquele ponto de estar parado, agora pelo caminho de árvores sem folhas e a rua interrompida que eu revia daquele jeito estranho de já ter estado lá sem nunca ter, hesitava mas ia indo, no meio da cidade como um invisível fio saindo da cabeça dele até a minha, quem me via assim molhado não via nosso segredo, via apenas um sujeito molhado sem capa nem guarda-chuva, só uma garrafa de conhaque barato apertada contra o peito. Era a mim que ele chamava, pelo meio da cidade, puxando o fio desde a minha cabeça até a dele, por dentro da chuva, era para mim que ele abriria sua porta, chegando muito perto agora, tão perto que uma quentura me subia para o rosto, como se tivesse bebido o conhaque todo, trocaria minha roupa molhada por outra mais seca e tomaria lentamente minhas mãos entre as suas, acariciando-as devagar para aquecê-las, espantando o roxo da pele fria, começava a escurecer, era cedo ainda, mas ia escurecendo cedo, mais cedo que de costume, e nem era inverno, ele arrumaria uma cama larga com muitos cobertores, e foi então que escorreguei e caí e tudo tão de repente, para proteger a garrafa apertei-a mais contra o peito e ela bateu numa pedra, e além da água da chuva e da lama dos carros a minha roupa agora também estava encharcada de conhaque, como um bêbado, fedendo, não beberíamos então, tentei sorrir, com cuidado, o lábio inferior quase imóvel, escondendo o caco do dente, e pensei na lama que ele limparia terno, porque era a mim que ele chamava, porque era a mim que ele escolhia, porque era para mim e só para mim que ele abriria a sua porta.


Chovia sempre e eu custei para conseguir me levantar daquela poça de lama, chegava num ponto, eu voltava ao ponto, em que era necessário um esforço muito grande, era preciso um esforço muito grande, era preciso um esforço tão terrível que precisei sorri mais sozinho e inventar mais um pouco, aquecendo meu segredo, e dei alguns passos, mas como se faz? me perguntei, como se faz isso de colocar um pé após o outro, equilibrando a cabeça sobre os ombros, mantendo ereta a coluna vertebral, desaprendia, não era quase nada, eu mantido apenas por aquele fio invisível ligado à minha cabeça, agora tão próximo que se quisesse eu poderia imaginar alguma coisa como um zumbido eletrônico saindo da cabeça dele até chegar na minha, mas como se faz? eu reaprendia e inventava sempre, sempre em direção a ele, para chegar inteiro, os pedaços de mim todos misturados que ele disporia sem pressa, como quem brinca com um quebra-cabeça para formar que castelo, que bosque, que verme ou Deus, eu não sabia, mas ia indo pela chuva porque esse era meu único sentido, meu único destino: bater naquela porta escura onde eu batia agora. E bati, e bati outra vez, e tornei a bater, e continuei batendo sem me importar que as pessoas na rua parassem para olhar, eu quis chamá-lo, mas tinha esquecido seu nome, se é que alguma vez o soube, se é que ele o teve um dia, talvez eu tivesse febre, tudo ficara muito confuso, idéias misturadas, tremores, água de chuva e lama e conhaque batendo e continuava chovendo sem parar, mas eu não ia mais indo por dentro da chuva, pelo meio da cidade, eu só estava parado naquela porta fazia muito tempo, depois do ponto, tão escuro agora que eu não conseguiria nunca mais encontrar o caminho de volta, nem tentar outra coisa, outra ação, outro gesto além de continuar batendo, batendo, batendo, batendo, batendo, batendo, batendo, batendo, batendo, batendo, batendo, batendo, batendo, na mesma porta que não abre nunca.

Caio Fernando de Abreu

sexta-feira, 5 de março de 2010

O fim

Então, naquele ultimo dia dos muitos que se passaram, em cima daquele leito de amor ficamos calados apenas nos olhando, um olhando os olhos do outro, conversávamos através dos olhos e então uma frase surgiu rasgando aquele silencio e quando eu menos esperava: "eu te amarei pra sempre." Vi naqueles olhos a sinceridade de sempre, aquelas palavras foram apenas o começo de uma história. Mas o inesperado aconteceu, enquanto eu terminava de colocar minhas vestias para retornar a minha casa, aquelas palavras me pegaram de surpresa de novo só que com um tom melancólico: "eu te amarei pra sempre, mas...", nunca é bom quando você escuta esse "mas" continuou: "não posso ficar contigo agora, quero me dedicar aos estudos, talvez mais tarde poderíamos continuar. Sei que posso te perder, mas preciso disso agora." Não aguentei segurar a voz do choro que se formava no fundo da garganta e engasgada eu disse: "tu tens certeza do que estás fazendo?" Simplesmente me olhou "tenho, sei que te amo e vou te amar pra sempre. Você pode seguir sua vida, mas sei que no final você será só minha." Não aguentei mais, as lágrimas escorreram em meu rosto, virei-me e sai de lá o mais rápido possível sem se quer um ultimo beijo. Chorava aos prantos, me perguntava o que eu tinha feito de errado, me culpava por tudo e deparei-me com uma lojinha, bebidas e mais bebidas e me vi em minha cama, embriagada e chorando me perguntava ainda o que eu tinha feito de errado. Saboreando aquele gosto amargo do fim inesperado, queria que tudo voltasse a ser como antes. Ainda não sei o que fazer, mas eu sei que sinto aquela saudade doída de quem se ama. Quase um mês já se passou e eu continuo naquela velha história, embriagada e me perguntando o porque, me perguntando porque então não se dedica como disse que faria, me perguntando o que fiz de errado, me perguntando onde está aquele nosso amor. Caminho todos os dias atrás de quem perdi, procuro em todos os abraços aquele abraço específico e procuro encontrar a felicidade incondicional que antes eu sentia. Procuro no meio de tantos aquele sorriso, mesmo com tanta gente ao meu redor ainda sinto falta de um alguém específico e, acima de tudo, procuro a luz no fim do túnel.

quarta-feira, 3 de março de 2010

A LUA!


As vezes você se pega pensando no passado, no que deveria ter feito, no que poderia não ter feito ou no que gostaria de ter mudado. Então, consequentemente, você fica na escuridão, na triste e se afunda cada vez mais, você cava sua própria cova e quando estás prestes a se enterrar você pensa: "só uma olhadinha pela janela" e vê, por trás de todas aquelas nuvens, por trás de toda escuridão, você simplesmente deslumbra a LUA. Esta que, para alguns não tem significado nenhum e que para outro possui um significado imenso, te traz de volta a vida. Querendo ou não, a partir daquele momento mágico entre o seu eu e a sua lua, a vida volta a fazer sentido, volta a ter esperanças. Você vê naquela lua, a lua que você via nos olhos daquela pessoa amada, você vê naquela lua, o que vocês sentiam quando se encontravam, você vê naquela lua, a esperança de voltar um dia. E você simplesmente se delicia olhando pra lua que tem aquele sentido para os dois imaginando que aquela pessoa também está olhando pra lua que sempre será só de vocês.



"Subi correndo no primeiro bonde, sem esperar que parasse, sem saber para onde ia. Meu caminho, pensei confuso, meu caminho não cabe nos trilhos de um bonde". (Caio F. Abreu - homenagem ao quinhos)

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Infancia


Quando viramos adultos olhamos pra trás e lembramos da nossa infancia, não é? Hoje lembrei de tanta coisa, lembrei das fotos do meu aniversário de um ano, lembrei que nunca brinquei de boneca porque era tão chato brincar sozinha (basta ressaltar que tenho irmãos gemeos mais velhos e nenhuma irmã), me lembro dos power rangers e dos cavaleiros do zodíaco, lembro da primeira vez que me roubaram (um boné do jurassic park uhahuaahu) e lembro de como era bom brincar. Tive a melhor infancia que uma criança pode querer, até fui mordida por cachorro. A infancia é uma etapa tão bonita da vida que não podemos disperdiçar, fui criança até o dia 17/12/2002, quando pela primeira vez eu senti o que é perder alguem e a partir dai comecei a envelhecer. Ser criança é tão bom, sem preocupações ou coisas parecidas, ai enquanto o tempo passa mas preocupações voce tem, mais obrigações voce tem e, acima de tudo, mais responsabilidade. Hoje em dia eu já estou nessa etapa da vida, pode ser gostosa de se viver como tambem pode ser difícil de se vivenciar, tudo depende de como encaramos cada desafio interposto para nós. Apesar de tudo que já passei, todas as etapas já ultrapassadas, todos os desafios vencidos, eu olho pro passado e penso "eu ainda tenho aquele espírito de Alice no país das maravilhas de quando o mundo era uma maravilha e eu adoro esse espírito". Adoro meus momentos crianças de ser, adoro os desenhos que via e, principalmente, adoro o meu mundo de 'Alice no País das Maravilhas'.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

...



And yet, to say the truth,
reason and love keep little company together nowadays.

William Shakespeare
A Midsummer Night’s Dream
Act III, Scene i



"...I wondered if the creature could be put back together. I doubted it. It was part Bella, too—so it must have inherited some of her vulnerability. I could hear that in the tiny, thrumming beat of its heart.
Its heart was beating. Hers wasn’t.
Only a second had passed as I made these easy decisions.
The trembling was getting tighter and faster. I coiled myself, preparing to spring at the blond vampire and rip the murderous thing from her arms with my teeth.
Rosalie cooed at the creature again, setting the empty metal bottle-thing aside and lifting the creature into the air to nuzzle her face against its cheek.
Perfect. The new position was perfect for my strike. I leaned forward and felt the heat begin to change me while the pull toward the killer grew—it was stronger than I’d ever felt it before, so strong it reminded me of an Alpha’s command, like it would crush me if I didn’t obey.
This time I wanted to obey.
The murderer stared past Rosalie’s shoulder at me, its gaze more focused than any newborn creature’s gaze should be.
Warm brown eyes, the color of milk chocolate—the exact same color that Bella’s had been.
My shaking jerked to a stop; heat flooded through me, stronger than before, but it was a new kind of heat—not a burning.
It was a glowing.
Everything inside me came undone as I stared at the tiny porcelain face of the half-vampire, half-human baby. All the lines that held me to my life were sliced apart in swift cuts, like clipping the strings to a bunch of balloons. Everything that made me who I was—my love for the dead girl upstairs, my love for my father, my loyalty to my new pack, the love for my other brothers, my hatred for my enemies, my home, my name, my self—disconnected from me in that second—snip, snip, snip—and floated up into space.
I was not left drifting. A new string held me where I was.
Not one string, but a million. Not strings, but steel cables. A million steel cables all tying me to one thing—to the very center of the universe.
I could see that now—how the universe swirled around this one point. I’d never seen the symmetry of the universe before, but now it was plain.
The gravity of the earth no longer tied me to the place where I stood.
It was the baby girl in the blond vampire’s arms that held me here now.
Renesmee.
From upstairs, there was a new sound. The only sound that could touch me in this endless instant.
A frantic pounding, a racing beat…
A changing heart."

Book Two: Jacob - Breaking Dawn (Stephenie Meyer)

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

A dor que dói mais!


Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, dóem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói é saudade.
Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma cachoeira da infância. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai que já morreu. Saudade de um amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade. Saudade da gente mesmo, quando se tinha mais audácia e menos cabelos brancos. Dóem essas saudades todas.
Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e ele no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o aeroporto e ele para o dentista, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-lo, ele o dia sem vê-la, mas sabiam-se amanhã. Mas quando o amor de um acaba, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.

Saudade é não saber. Não saber mais se ele continua se gripando no inverno. Não saber mais se ela continua clareando o cabelo. Não saber se ele ainda usa a camisa que você deu. Não saber se ela foi na consulta com o dermatologista como prometeu. Não saber se ele tem comido frango de padaria, se ela tem assistido as aulas de inglês, se ele aprendeu a entrar na Internet, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ele continua fumando Carlton, se ela continua preferindo Pepsi, se ele continua sorrindo, se ela continua dançando, se ele continua pescando, se ela continua lhe amando.

Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.

Saudade é não querer saber. Não querer saber se ele está com outra, se ela está feliz, se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais querer saber de quem se ama, e ainda assim, doer.

Martha Medeiros